quarta-feira, 25 de junho de 2014

A Rapariga de Olhos Azuis, Tara Moore - Opinião

Sinopse: Anya Keating adora seu trabalho como assistente de Macdara Fitzgerald, dono da deslumbrante propriedade Lismore e dos seus cavalos de corrida. Macdara é um patrão indulgente e generoso e Anya tem muito carinho por ele. Mas quando Macdara a pede precipitadamente em casamento, a amizade de ambos - e a posição dela - fica ameaçada, e Anya sente-se dividida entre a sua lealdade para com Macdara e os seus sentimentos pelo neto dele, Fergal, o belo treinador de cavalos.

Eis que aparece Orla Fitzgerald, neta distante de Macdara. Orla pode ter deixado Lismore em criança, mas voltou uma mulher sofisticada e bonita. Tão bonita, de facto, que a maioria dos homens ficam encantados por ela - e Anya vê com crescente apreensão enquanto Orla tecer a sua magia em redor de Fergal.

No entanto, Orla pode não ser a rapariga de olhos azuis que os outros julgam. Há mistérios sombrios na vida da propriedade. O passado de Orla contém uma tragédia, e ela está determinada a reivindicar o seu direito de primogenitura, independentemente de quem se atravessar no seu caminho.

Opinião: Tara Moore controla sabiamente as doses de suspense, amor, traição, pesadelos, passados trágicos e amizade verdadeira.

A história prende desde o início e depressa percebemos que Orla pode não ser o que aparenta mas que, atrás dela, está um diabo ainda maior. Anya, por outro lado, é a rapariga mais decente por ali, uma mulher que não deixou que o seu passado a levasse para as ruas de outras vidas mas que sabe que deve isso a Martha, a freira que a criou e que fez com que ela fosse encaminhada na vida e afastada da drogada e turbulenta mãe.

Orla e Anya lutam em lados contrários mas ambas partilham um passado trágico que, no entanto, as levou a destinos diferentes. Um dia, esse passado volta para ajustar contas e a tabela estará demasiado alta para qualquer uma delas. Pelo meio temos uma viagem ao Dubai, à riqueza no meio da pobreza extrema e à falta de tacto e respeito para com os empregados, o contrário do que MacDara oferece a quem está junto a ele. Temos também uma amizade verdadeira dos três mosqueteiros, dos quais só restam 2, e que se apoiam mutuamente apesar de qualquer um deles se encontrar bastante doente.

Uma história que merece ser lida, com um final que me surpreendeu e que remete para valores morais e para o não julgamento das pessoas sem sabermos o seu lado da história, sem tentarmos perceber o que as moveu e como as coisas poderiam ter sido diferentes...
4*

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