Casada com um homem que não ama, a rainha Alera de Hytanica tem de esquecer Narian, o jovem que lhe prendeu o coração, porque este está destinado a conquistar Hytanica no comando dos exércitos do seu senhor, o poderoso soberano. Alera não acredita que Narian se disponha a combater Hytanica – até ao momento em que as tropas de Cokyri atacam a sua pátria, che?adas pelo próprio.
Confrontada com a mais terrível traição que um coração pode conhecer, Alera será forçada a esquecer os seus sentimentos e a conduzir o seu reino nesta hora de tremenda provação. E, quando parece que a esperança, a vontade e a coragem estão perdidas, terá de encontrar a força que lhe permita manter-se de pé, recordando que nem a mais negra das noites impede o nascimento de um novo dia.
Opinião: Depois do final do livro anterior nos expor ao casamento de Alera, este livro, embora mais fraco, faz crescer a personagem de Steldor. E de que forma! Do arrogante galã com a mania que é melhor que os outros, passamos a conhecer um outro Steldor, um homem que realmente ama Alera e não apenas a coroa de Hytanica.
Steldor concede o impensável e dá tempo à sua jovem mulher para se habituar ao casamento que lhe foi imposto. É também ele que vela pela sua segurança e que a ampara quando as notícias de uma entrada em Hytanica lhe chegam aos ouvidos e ela descobre quem foi a pessoa a ser raptada e levada para o reino inimigo.
Em tempo difíceis, vemos um aproximar de Alera com os pais mas cedo fica claro que a invasão vai acontecer e que Hytanica não tem forma de ripostar à altura, Assim, resta ao rei e à rainha fugir do reino para que este não morra às mãos do inimigo, porque "enquanto houver rei, também existe reino". Com ele seguem alguns dos melhores homens da guarda real e até alguém que não se esperava que viesse.
Do lado das linhas inimigas, Narian encabeça o exército de Cokiry... mas apenas porque a isso foi obrigado e para que a tomada de Hytanica seja levada a cabo com o menor número de vitimas possível.
Enquanto isso, o rei foi gravemente ferido e quase perece... Alera percebe que pode tornar-se útil no local onde se escondem, ficando responsável pela (parca) alimentação já que não poderá fazer parte dos turnos de vigia. Steldor está entre a vida e a morte e só a chegada de London com uma estranha prisioneira vai poder mudar o destino do jovem rei. Também o destino de Hyanica estará no poder que advém de ter esta prisioneira e na forma que ela própria leva Alera a pensar numa solução quando já se previa o impossível. Existe ainda uma luta terrível entre Narian e o seu mestre maléfico e só um deles conseguirá sair vivo da batalha... com a ajuda preciosa da Suma Sacerdotiza.
Este livro pareceu-me mais fraco do que o anterior, mostrando os suas frágeis fundamentos... Apesar disso, é uma história interessante e este livro traz o crescimento de várias personagens: Steldor e o seu pai, London, Narian e a própria Suma Sacerdotiza. A nota negativa continua a ser a fragilidade da estrutura narrativa e a personagem principal que, embora tenha tomado para si a tarefa de alimentar os homens, mal teve coragem de chegar perto do marido quase morto e de velar por ele, com uma rara excepção. Nem aqui ela foi capaz de crescer e apoiar aquele que, ao longo de todo o livro, demonstra que a ama mais do que tudo, até do que o seu próprio bem-estar.
3*
Outros títulos da trilogia:
Alera - A Princesa Guerreira (Alera Livro 1)
Alera - Sacrifício (Alera Livro 3)
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