Outra questão premente na visita às instalações da editora foi:
"Como escolhem que capa vai ter um livro e se vai ou não ter a capa original?"
A escolha da capa tem englobada muito mais do que poderíamos pensar.
Caso se queira utilizar a capa original, há que obter os direitos da mesma que passam por pagar ao fotógrafo, ao editor original, ao designer da capa e ao ilustrador. Há ainda vezes em que, para se utilizar uma capa do Reino Unido, um exemplo indicado, é necessário pagar ao Reino Unido (a todos os intervenientes acima) e ainda pagar à editora americana a autorização de utilização (mesmo que a capa nos EUA seja diferente).
Se for uma capa de banco de imagens, tem de se pagar ao fotógrafo, ao banco de imagem e depois ao designer e ilustradores da capa original. Depois, em Portugal, é necessário os editores e assistentes de edição trabalharem com o director de arte para chegarem ao conceito de capa, seguindo-se o pagamento do trabalho da equipa de design que concebe a capa, finalizando com o ilustrador.
Existem ainda casos em que se quer utilizar a imagem original mas a mesma foi retirada do banco de imagens (que pagam cada vez menos aos fotógrafos e estes deixam de querer aí estar presentes) e, mesmo no contacto directo com o fotógrafo, este pode não querer voltar a vender a imagem.
Foi ainda perguntado "e porque não fazer uma sessão fotográfica?". "Nem pensar, sai demasiado caro para o budget que temos para as capas" - foi a resposta pronta.
Para além de todas estas questões, há ainda o tema da linha da editora. Algumas editoras, como é o caso, começam a ter uma linha muito própria de capas, uma linha que faça com que os leitores percebam logo a que editora os livros pertencem e já há leitores a reconhecerem as capas Topseller, por isso esta é uma preocupação adicional na escolha da capa.
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